Explosão de Fraudes no INSS: Quase 1,5 Milhão de Aposentados Exigem Devolução de Descontos Ilegais

Um escândalo de proporções nacionais abalou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): quase 1,5 milhão de aposentados e pensionistas já solicitaram o reembolso de mensalidades descontadas sem autorização de seus benefícios. As queixas surgiram após a deflagração da Operação Sem Desconto, liderada pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga um esquema de fraudes envolvendo descontos indevidos feitos por sindicatos e associações diretamente na folha de pagamento dos segurados.

Entre quarta-feira (14) e sábado (17), foram feitas 1.494.956 consultas no aplicativo Meu INSS e pela Central 135. Destas, 1.467.933 pessoas (98%) afirmaram não ter autorizado os débitos e formalizaram o pedido de ressarcimento. Outras 27 mil reconheceram a autorização dos descontos.

As investigações apontam para um possível envolvimento de funcionários públicos em práticas de lavagem de dinheiro, corrupção e enriquecimento ilícito. O escândalo já provocou o afastamento do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros dirigentes. O então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também pediu demissão e foi substituído por Wolney Queiroz.

O governo promete devolver todo o valor aos lesados. Se as associações não comprovarem a autorização dos descontos em até 15 dias úteis, serão obrigadas a reembolsar os beneficiários via INSS. Caso não haja acordo, a Advocacia-Geral da União (AGU) poderá acionar a Justiça para garantir o ressarcimento.

Apesar das promessas, o Ministério Público Federal (MPF) alerta que os valores bloqueados das entidades investigadas podem não ser suficientes para cobrir todos os prejuízos, o que pode obrigar o governo a usar recursos da União para indenizar os aposentados.

O novo ministro, Wolney Queiroz, garantiu no Senado que nenhum cidadão ficará sem ressarcimento: “Todos receberão o que lhes foi tirado.”

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